quarta-feira, 28 de março de 2012

Toxina botulínica poderá ser usada para tratar incontinência urinária

A incontinência urinária atinge cerca de 13% das mulheres e 5% dos homens no mundo. Um novo estudo indica que é possível minimizar o incomôdo com aplicações de toxina botulínica. Segundo pesquisadores da University of Leicester, na Inglaterra, quatro em cada dez mulheres tratadas com a substância relataram que o problema praticamente desapareceu. 

Incontinência urinária é mais frequente em mulheres
Especialmente após o parto, as mulheres são mais suscetíveis a desenvolver o problema do que os homens. Publicado no journal European Urology, o estudo contou com a participação de 240 voluntárias, divididas em dois grupos: 122 mulheres receberam aplicações de toxina botulínica diretamente no órgão genital, enquanto 118 receberam um tratamento simulado, sem a presença da substância. 

Entre as mulheres que receberam aplicações da toxina, o número de vezes que sentiam uma necessidade urgente de ir ao banheiro caiu de oito para três vezes ao dia. Os eventos de incontinência foram reduzidos de seis para uma vez ao dia. 

Efeito da aplicação tem duração de seis meses

Seis semanas após a aplicação, quatro em cada dez mulheres relataram que os sintomas da incontiência praticamente desapareceram. Embaraçoso, o problema inclui episódios de vazamento de urina e vontade urgente de ir ao banheiro. De acordo com os cientistas, os efeitos benéficos da substância começam a desaparecer seis meses após a aplicação. 

Por outro lado, o tratamento inovador apresenta efeitos colaterais também embaraçosos. Nos seis meses após a aplicação, uma em cada oito voluntárias precisou utilizar um cateter para esvaziar a bexiga, já que a toxina botulínica provoca a paralisia do músculo da bexiga.
O tratamento tradicional para incontinência urinária inclui exercícios para fortalecer o assoalho pélvico, terapia comportamental e medicamentos com efeitos colaterais que incluem boca seca, intestino preso e visão turva. 

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